domingo, 13 de novembro de 2011

Breves considerações




Detesto mudanças, despedidas e desfechos. Perfumes no chão, gritos e portas que se fecham me intimidam. Pulseiras, anéis, toalhas, carteiras e sapatos me entristecem. Computadores mudam anos em segundos. Telefones e computadores me magoam. A ausência realmente me assusta e o “pôr do sol” me dá calafrios. Madrugadas afora, sentada no chão, me fazem refletir. Breves ligações alteram o rumo das coisas e um “boa noite” silencia todas as palavras que desejei dizer, mas você não desejou ouvir.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um segredo pra chamar de meu


Das coisas que não escrevo nem digo faço segredos. Penso neles sozinha, distraída, mas nunca os pronuncio em voz alta. É que segredos servem para dar um charme misterioso, um ar de maturidade e sabedoria. Eles alimentam meu lado egoísta: são só meus e não divido. Conflitam com meu lado impulsivo, que por vezes quer revelá-los e envaidecem meu auto-controle, quando resistindo bravamente os mantenho segredos. Por vezes me esqueço, e passo tempos sem lembrar-me que existem. Outras porém, surgem inesperadamente na memória, reviram o estômago e/ou arrancam risadas. É que segredos servem mesmo para serem guardados por anos, até que um dia enfim, percebemos que já são (ou sempre foram) bobos e ninguém quer saber.


Dos meus segredos? Bobos e valiosos, com eles um dia ainda domino o mundo!