domingo, 15 de agosto de 2010

Desconstruindo

Vinte anos de vida, dez de teatro, dois de moda, um de fotografia. Vinte anos como prima irmã, onze como irmã mais velha, dez como trigêmea. Oito anos de semi-vegetarianismo.
A dois anos com 1,76m de altura, a cinco anos apaixonada pela Lua, a treze anos dona de um diário. A quatro anos atrás assinei meu primeiro contrato de teatro, a cinco morei pela primeira vez longe dos meus pais e a dois tive meu primeiro namorado e meu primeiro contra-cheque. Faz um ano que pedi demissão pela primeira vez.
Vinte anos de idade, vinte anos de dúvidas. Oito anos sonhando alto, dois tentando realizar. Dois anos de cisto ovariano, um ano de "capuccinomaníaca", seis meses de decisão, cinco meses de saudade, cinco meses de Rio de Janeiro e um mês de blog.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nas curvas da estrada

O sol estava tão quente que me queimava os ombros e a face. Os morros, intermináveis, me tiravam o fôlego e a paciência. Eu não tinha certeza de que no fim a longa caminhada valeria a pena e, a cada passo, pensava em desistir. Por vezes olhei a minha volta e me senti só, me senti pequena. Olhava pra trás, e não enxergava mais o ponto de partida, tão pouco avistava a linha de chegada logo adiante. Cenários desconhecidos, tive medo e quis voltar, mas hesitei. Não sabia se era mais fácil regressar, ou se enfim estava na reta final da longa caminhada. Na dúvida, prossegui, sem entender porque andava, sem saber quanto tempo ainda levaria.
Devaneios sob o sol do meio dia. Numa curva qualquer da estrada, me dei conta de que buscava mais do que um belo riacho para me banhar. Buscava provas: passo a passo provando-me que sou capaz, que posso ir muito mais longe depois de pensar que não poderia mais seguir em frente. Foi quando eu menos esperava, que o riacho se fez visível, e com ele, toda a minha certeza de que uma caminhada eu havia conlcuído, mas a grande jornada, estava apenas começando. Afinal, faltam ainda tantos tropeços, longas gargalhadas histéricas, espectativas, decepções, vitórias, bolachas amanteigadas, lágrimas, madrugadas, abraços, sorrisos, dor, palcos, escolhas, reencontros e despedias. Falta dominar o mundo... E sim, eu tenho forças pra continuar!